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Home Matérias Dicas BS História Conheça Charles H. Baker Jr – Um grande influenciador na história da coquetelaria

Conheça Charles H. Baker Jr – Um grande influenciador na história da coquetelaria

Ho ho ho Feliz Natal

 

Esse drink em suas mãos pode ser uma receita de Baker e existe a grande possibilidade de que você nem faça ideia disso.

Charles H. Baker é um nome que remete a um advogado obscuro ou talvez a um quiroprático, mas na verdade esse nome pertence a uma lenda em grande parte da coquetelaria, um bon vivant da Era Dourada que praticamente sozinho importou bebidas estrangeiras consideradas exóticas para os menus em todo os Estados Unidos e trouxe de volta uma cultura distante; bem antes do surgimento de jatos particulares, dos hotéis Hilton e até mesmo de soldados americanos voltarem para casa depois da Segunda Guerra Mundial.

Uma mistura de Indiana Jones e Jay Gatsby, Charles foi o escritor itinerante do Esquire, Town & Country, e o primeiro a trazer a cultura e referências para a “Cultura do Coquetel’”, de acordo com St. John Frizell. Dono do bar Fort Defiance no Brooklyn, Frizell é o biógrafo não oficial de Charles H. Baker; ele baseou grande parte de sua carreira no estilo de vida de seu ídolo, até mesmo ao juntar seu próprio trabalho no estilo itinerante de Baker dedicando cinco meses a visitar a América do Sul pessoalmente conhecendo muitos dos portos de seu herói. “Ele era um perseguidor”, diz Frizell com admiração.

Tudo começou com a morte de um parente cujo Baker herdou dinheiro suficiente para reservar um cruzeiro ao redor do mundo. Era o ano de 1926, e essa viagem mudaria o curso de sua vida. Enquanto os Estados Unidos estava na época da Era Proibida, Baker foi obrigado a procurar por coquetéis outros lugares, e suas aventuras o apresentaram a bebidas estrangeiras desconhecidas muito antes de qualquer especialista em coquetéis ter a chance de provar; como a cachaça, pisco sours e mezcal. No início da década de 1930, ele negociou um emprego como publicitário da linha de cruzeiros da Hamburgo para que pudesse continuar viajando e bebendo. Em cada lugar, Baker escreveu em seu caderno receitas de pratos e coquetéis que ele provou. Enquanto trabalhava em um desses cruzeiros, o SS Resolute, Baker teve Pauline Paulsen como sua esposa, e era a fortuna de Paulsen que financiaria as aventuras distantes da família e um estilo de vida luxuoso. (Sua antiga residência, a mansão de Miami, de 10 quartos e 12 mil metros quadrados, Java Head, acabou sendo por quase US $ 9 milhões). Baker reuniu suas experiências em dois livros, ambos agora reverenciados pela comunidade de bartenders pelas receitas que as obras contém e o vislumbre da cultura do coquetel caracterizando cada período. O primeiro livro, The Gentleman’s Companion, foi inicialmente publicado em 1939 e agora é facilmente comprado de segunda mão por cerca de US $ 60. O segundo, The South American Gentleman’s Companion, apareceu 12 anos depois e é muito raro na sua edição original, Frizell ajudou na releitura em 2014.

 

 

Foto: Via London Cocktail Guide

 

 

Os livros de Baker adotam um formato incomum, combinando reflexões, memórias e o mais importante: receitas. “O que realmente o afasta é que ele está devidamente focado no contexto de um coquetel ao invés de apenas nos ingredientes”, diz Frizell. “Seus livros são como um jornal de viajantes, ou cartas que alguém escreveu para casa.” Um exemplo? Em 1926, Baker estava em uma excursão à cidade de Sandakan, quando o motor do barco morreu fora da costa de Bornéu, no Mar de Sulu. Um bote pequeno aproximou-se; o capitão usava um “cordão e uma toca de cabeça”, deste encontro Baker escreveu no The Gentleman’s Companion: “De alguma forma conseguimos transmitir a idéia de que não estávamos lá em um mar vítreo com um sol de bronze fundido, como um espada nos nossos pescoços, porque nós queríamos”. Uma vez resgatado, Baker então foi de encontro a uma bebida chamada Colonial Cooler no British Club.
A grande influência da leitura de Baker não se limita somente aos coquetéis; Merriam-Webster classifica Baker como a primeira pessoa a introduzir a palavra ceviche na língua inglesa. Mesmo nos Estados Unidos, Frizell observa que os passatempos de Baker eram compostos de aventuras e intrigas – bebendo com William Faulkner, tendo jantares à beira da praia com Errol Flynn e Robert Frost, e muito mais.

Dentre todas as receitas clássicas as quais devemos a Baker está o Remember the Maine, coquetel com o qual ele está mais associado. Um clássico próximo ao Manhattan com centeio, vermute, cerejeira e um pingo de absinto, que Baker conheceu em uma viagem a Cuba. E se você se deparar com um Farewell to Ernest em qualquer menu – Kirsch com cereja ou xarope de framboesa e um dash de limão – saiba que Baker afirmou ter preparado enquanto dava adeus ao próprio Sr. Hemingway antes de sua viagem a Espanha nos tempos da guerra civil. (“Se você alguma vez já se perguntou sobre quem é a ostra do mundo”, observa um artigo de Esquier de 1954, “conheça Charles H. Baker, Jr.”).

 

 

 

Foto: Via London Cocktail Guide

 

 

Infelizmente, Baker era melhor em beber do que em fazer coquetéis – ou talvez ele só esperasse um pouco mais para anotá-los precisamente. Suas receitas são muito bem-sucedidas, então é melhor aproveitar a leitura de seus livros, enquanto especialistas preparam os coquetéis de sucesso. (Um dos clássicos de Baker, de acordo com o Atlântico, tinha em sua composição “gin, vermute doce, xarope de abacaxi, granadina, suco de limão, creme pesado e uma clara de ovo”).

 

Os bartenders agora podem reproduzir algumas receitas de Baker; como Julie Reiner, da Cidade de Nova York, que apresenta as receitas em bares como o Flatiron Lounge e também como Frizell no Fort Defiance, onde ele orgulhosamente exibe uma coqueteleira preta com ornamentos japoneses e um desenho de galo de ouro que pertencia ao próprio Baker. Existe também a opção de você fazer uma viagem a Seul, Coréia do Sul, onde o nome do bar localizado dentro do Four Seasons foi concebido em homenagem a Charles H. Baker. Você provavelmente estaria superando o próprio Baker, pois de acordo com Frizell, é improvável que o aventureiro escritor tenha visitado a capital.

 

 

Matéria traduzida de: Conde Nast Traveler

 

 

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