O Elegante Coquetel Manhattan
- Bartender Store
- 8 de julho de 2021
- História, Matérias, Whisky
Ho ho ho Feliz Natal
Como tenho escrito na maioria dos artigos, histórias dos grandes clássicos são sempre muito difíceis trazer a luz, origem exata desses coquetéis. Não é diferente do Manhattan, cuja história se perde no tempo, com suas lendas e versões, por outro lado também proporciona grande debates e contribui para aumentar a grandeza deste e de outros coquetéis, o mistério também é fascinante porque suas origens são bem complexas.
Umas das teorias contadas é que o coquetel Manhattan havia sido criado pelo Dr. Lain Marshal no início de 1880, em uma festa realizada no Manhattan Club em Nova Iorque, dedicada a mãe de Winston Churchill, Lady Randolph Churchil, mas essa teoria foi mais tarde descoberta como mito. O que se descobriu anos mais tarde é que naquela época Lady Randolph estava grávida e não estava em Nova Iorque e sim na Inglaterra e consequentemente não podendo participar de festas.
Outra teoria é que o coquetel foi criado por um homem chamado Black, na Hoffman House de Nova Iorque. Seja qual for a sua origem sabe se que ela surge por volta de 1800, já que era amplamente servido e comentado em jornais e revista da época, bem como surge em livros de coquetelaria como o livro de William Schmidts, “the Flowing Bowl”, publicado em 1891. Neste caso especifico a receita aparece em uma mistura de vermute, uísque, gotas de absinto, bitters e xarope de açúcar. Mas não especifica qual tipo de uísque utilizado.
Com o tempo muitas versões foram criadas, praticamente em todas receitas atuais o xarope de açúcar e absinto não sendo mais usado, mas isso não significa que não possa ser adicionado.
Em geral o Manhattan é um coquetel forte alcoolicamente falando, levemente amargo e leve dulçor, principalmente se feito com Bourbon. Quando preparado com uísque de centeio isso muda um pouco já que o centeio confere um toque seco e temperado ao coquetel, inclusive sendo o mais utilizado.
Outro fator a ser mencionado, em suas origens o drinque era servido sempre sem gelo, apenas gelado anteriormente, mas hoje em dia é comum ver bartenders preparar um Manhattan ou mesmo sua versão Rob Roy com uísque escocês em copos com gelo, de preferencia uma esfera ou pedra sólida de gelo translucido.
The Rob Roy Manhattan ou Scotch Manhattan
Rob Roy foi um personagem histórico e popular, considerado herói por muitos na Escócia por causa da sua luta da independência do país. Aconselho assistirem o filme com Rob Roy, para entenderem melhor, essa versão da receita diz se que foi criada pelo bartender do Waldorf Astoria em 1894 em Manhattan, substituindo o Bourbon ou Rye whisky pelo Scotch Whisky.
The Perfect Manhattan
Essa variação na receita do coquetel de Manhattan envolve o uso de uma mistura 50/50 de vermute doce e vermute seco em vez do uso tradicional apenas de vermute doce. Novamente, esta é uma mudança sutil na doçura já sutil da bebida. Não encontrei referencias claras de quando essa versão foi criada.
The Dry Manhattan
Nesta variante, o vermute seco substitui completamente o vermute doce tradicional. O vermute seco é muito menos doce, destacando os sabores de ervas e o toque amargo da bebida.