6 Dicas importantes para beber gim
- Bartender Store
- 19 de maio de 2017
- Gin, Matérias
Especial Esquenta Black friday
Que o gim é a bebida do momento, você provavelmente já sabe. Drinks que levam a bebida estão entre os mais pedidos em bares, restaurantes e festas por todo o Brasil. Apesar de ser um dos destilados mais antigos do mundo e ter sido em sucesso na década de 80, o gim voltou às graças dos frequentadores de bares e dos bartenders recentemente. Hoje vamos conferir 6 dicas importantes para quem gosta de apreciar a bebida (ou para quem ainda está entrando nesse universo).
Confira na matéria traduzida do Liquor.com!
Então não existem regras quando o assunto é beber. Você simplesmente bebe, certo? Sim e não. Ganhar conhecimento sobre qualquer bebida te dá a oportunidade de se apaixonar por ela, mesmo se antes você ainda tivesse dúvidas sobre ela. O gim é uma daquelas bebidas que pode ter uma má reputação por ter muitas notas que lembram pinho, ser muito difícil de beber ou, como dizem alguns inimigos do destilado, lembrar um produto de limpeza.
Mas o gim é, na verdade, uma das bebidas mais versáteis e excitantes, destilada com uma variedade de botânicos que se encaixam e brincam em coqueteis com uma vasta gama de ingredientes. Uma vez que você supera as notas de botânicos em um clássico dry gin London, como o zimbro, coentro e angélica, você vai encontrar diversos outros tipos de “novos” gins experimentais que levam capim-limão ou lavanda, apenas para citar alguns possíveis ingredientes com as quais destilarias estão brincando. É seguro afirmar: há um gim por aí para todos os gostos.
Aqui estão cinco “regras” úteis – com conselhos dados por experts na bebida – para se ter em mente quando você mergulhar no universo do gim.
Prove o gim em coqueteis, de preferência em um martini
Um dos grandes templos do gim nos Estados Unidos é o Whitechapel, em São Francisco, Californa, que oferece mais de 600 tipos de gim (e aumentando esse número a cada dia). Keli Rivers – curador, descobridor e o cara com quem você pode falar em detalhes sobre todos os gins oferecidos na casa – sabe uma coisa ou duas sobre a bebida e oferece alguns conselhos para os frequentadores do Whitechapel para que encontrem “o gim perfeito”: “Prove cada gim em um martini ou em um outro drink neutro, para destacar os botânicos usados e ver o que o gim pode oferecer. O gim é feito para os coqueteis: ele casa, carrega e eleva um drink com escala e nuance.”
Prove um Gim & Tônica ou até mesmo um Gim & Coke
Do outro lado do Atlântico, na Inglaterra, o expert em gim David T. Smith – do Summer Fruit Cup, um site com resenhas de mais de 400 gins, e autor do livro How to Make Gin – passou anos estudando centenas de gins e como eles harmonizam com diferentes tônicas. Sim, a qualidade da tônica faz diferença. Mas ele também diz: “A tônica sempre deve estar gelada. Se estiver quente, toda a mistura vai ficar mais doce e será menos gaseificada.”
Ele também garante que misturar é uma boa: “Leia os rótulos de tônicas e procure pelo perfil de sabor. Por exemplo, se tem uma tônica de alecrim, você pode procurar por um gim que combine com esse ingrediente. Ou então escolha um clássico dry gim London que se mistura bem com uma série de tônicas. Também há diversos outros refrigerantes que combinam com gim, como água com gás, ou águas com gás saborizadas com cítricos, ou ainda, se você quer ser um pouco controverso, refrigerantes de cola funcionam bem com gim.”
Ao preparar drinks com gim, lembre-se do contraste
As possibilidades de coqueteis com gim são infinitas. Por exemplo, se você for usar um gim como o St. George Terroir ou o Oakland Spirits Sea-Gin, você vai querer realças suas notas botânicas e salgadas de forma apropriada. Enquanto alguns bartenders podem misturar semelhante com semelhantes (alecrim fresco com um gim com notas de alecrim, por exemplo), Rivers incentiva a optar por complementar e contrastar. “Um gim com notas cítricas não precisa de mais cítricos, portanto pense em algo que irá destacar e complementar o cítrico. O mesmo vale para um gim com notas florais. Todo mundo adora misturar estampas em roupas. Por que não fazer o mesmo com bebidas?”
O menu de coqueteis do Whitechapel é extenso e conta com diversos drinks como o Narc Angel, que mistura gim Fords, licor de maraschino, curaçau de laranja, Campari, gengibre, menta e limão siciliano.
Não tenha medo de beber gim puro
“Não tenha medo de beber gim puro”, diz Smith. “Nos dias de hoje, muitos gins são criados para serem apreciados puros. Já foram os dias em que beber gim lembrava beber uma árvore de Natal.” Ele explica que nunca foi tão fácil encontrar um gim que leve sabores que você prefere, seja canela ou cardamomo, cítricos ou notas florais, especialmente se você considera gins envelhecidos em barris. Gins envelhecidos em barris têm se proliferado nos últimos anos, especialmente em pequenos destiladores por todos os Estados Unidos. Destilarias tradicionais como a No. 209, em São Francisco, Califórnia, experimentaram diferentes barris, envelhecendo seu gim em barris de vinho sauvignon blanc ou cabernet sauvignon.
Brinque com a temperatura
Se você quer levar toda essa história de gim um passo mais longe, Smith sugere experimentar e brincar com temperaturas. “Eu gosto de ver como a temperatura muda o sabor de um drink”, ele diz. “Quando você congela o gim, isso muda a textura dele, deixando-o mais espesso, mais viscoso. Então, à medida que o gim aquece, o perfil do sabor se abre.” Tente colocar uma garrafa no freezer, como muitos fazem com vodka, e veja como a bebida se desdobra.
Uma vez um nerd do gim, prove gins vintage
Para mergulhar ainda mais fundo no mundo dos gins, conheça os gins vintage. Normalmente, você encontrará mais garrafas de colecionadores em cidades como Tokyo e em bares como o Lebensstern, em Berlim, que contam com uma coleção de mais de 1000 gins, incluindo garrafas servidas por dose. O bar Whitechapel é um dos poucos bares americanos onde você encontrará gins de décadas atrás que podem ser bebidos.
“Gins não eram necessariamente feitos para serem bebidos envelhecidos ou para ficarem em uma garrafa por 40 anos,” explica Rivers. “Ao provar um gim vintage, eu o deixo respirar um pouco, sirvo e só provo cerca de 10 minutos depois, provo novamente depois de mais 10 minutos, então espero mais uma hora provar mais uma vez – isso serve para ver como o sabor evolui e se abre. A diversão é ver como eram as paletas de sabores nos anos 30, 40, 50, 60. Os gins levavam muito mais grãos nessas épocas, então você podia sentir do que ele era feito. Eu adoro dar a entusiastas de gim a chance de provar um Bombay Sapphire da década de 50, para comparar com os atuais e discutir as diferenças.”
Matéria traduzida de: Liquor.com