O que são Bitters – Primeira parte
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BITTERS POTÁVEIS
Bitters ou Amaros são bebidas à base de ervas amargas consumidas no mundo inteiro antes e depois das refeições sendo servido em dose com gelo e frutas cítricas ou usadas em doses em coquetéis. Suas origens são bem antigas, surge na Grécia antiga com remédio, mas com relatos anteriores no Egito e China, maiores informações, escrevi na segunda parte dessa sequência.
Hipócrates considerado o pai da medicina utilizava botânicos infundidos (macerados) em vinho para cura de males estomacais, que para muitos, este é o início do que conhecemos e apreciamos hoje em dia como vermutes.
Hypocras, bebida a base de vinho com ervas preparado por Hipócrates, bebida digestiva, receitado como remédio para males estomacais, que soma se na base histórica para os vermutes e digestivos.
Os amaros ou bitters são classificados como potáveis e não potáveis. Confesso que acho estranho este nome, passa uma impressão que um é para ser consumido e outro não, por não ser potável. Não é isso. Já tentei buscar quem fez essa definição, mas não encontrei, então seguimos em frente.
Os Bitters chamados de potáveis são aqueles com menos concentração de ervas em volumes e também menor concentração alcóolica e geralmente muito doces. Entre as marcas existe obviamente diferença muito grande em relação a concentração, amargos, aromas e outras nuances, devido aos diferentes ingredientes usados por cada marca.
Um Campari é bem diferente de um Fernet Branca, não só na cor, mas em sua composição e textura, enquanto o Campari os aromas são mais leves e sutis, o contrário Fernet tem um gosto intenso de eucalipto e mentol, passando uma sensação de grande frescor.
Tive a oportunidade de conhecer a unidade da Fernet na Argentina em 2006 e acompanhar todo o processo de produção e degustar este amaro puro e em vários coquetéis entre eles o mais apreciado pelos Argentinos, Fernet com Coca Cola.
O Cynar tem um gosto bem claro de alcachofra, sendo um sabor bem marcante e menos doce em relação a outra marcas, por isso é bem utilizado por bartenders na preparação de coquetéis.
A Amaro Averna é bem mais doce com uma textura bem densa, semelhante ao Fernet em relação a textura. O Amaro Montenegro, alias gosto muito, é excelente para aqueles que estão iniciando ou aprendendo a arte de gostar de amargos. Eu preparo Negroni substituindo Campari por Montenegro, deixando uma receita bem mais elegante e menos amarga. Montenegro tem uma história bem bacana, e foi chamado do licor das virtudes, entre no site vale a pena. Considerado de “licor das virtudes”, devido à sua doçura e teor alcoólico relativamente baixo, o Montenegro é frequentemente considerado um amaro inicial – para o paladar de quem está começando a desbravar esse mundo.
BITTERS NÃO POTÁVEIS
Perceberam que mencionei apenas marcas italianas? Os amaros são extremamente populares e tradicional neste país, agora pense em fazer comparações com diversas marcas de países distintos, será uma viagem interessante, mas voltemos então para os bitters não potáveis. Os bitters não potáveis são aqueles com alta concentração de ervas e álcool, sendo não aconselhado seu consumo em doses e sim apenas em pequenas gotas nos coquetéis ou em sodas como tônicas.
A origem do que conhecemos hoje teve seu início com Hipócrates entre 460 a C a 370 a C na Grécia. Considerado pai da medicina ele combinava ervas com vinhos em seus receituários, que para muitos criou também as primeiras ideias dos vermutes com indícios que veio a ser os futuros bitters.
RECEITAS COM BITTER
MONTENEGRONI
INGREDIENTES
- 60 ml Amaro Montenegro
- 30 ml Vermute doce
- 30 ml London Dry Gin
- 2 Gotas de Angostura Bitter
MODO DE PREPARO
Um toque original em um dos clássicos mais populares da tradição italiana, este coquetel substitui o lado amargo pelo delicado sabor de ervas de Amaro Montenegro, tornando a bebida mais doce e acessível.
Coloque bastante gelo sólido em um copo de vidro grande, mexa para ficar gelado e descarte o degelo.
The Monte Mule
INGREDIENTES
- 60 ml Amaro Montenegro
- 180 ml Ginger beer
- 15 ml suco de limão
Uma combinação delicada e cítrica de Amaro Montenegro e refrigerante de gengibre, em que o amargor da laranja, misturado com a leve picância do gengibre, dando vida nesta releitura refrescante do Moscow Mule.
MODO DE PREPARO
Despeje todos os ingredientes na caneca de cobre cheia de gelo e misture lentamente.
Guarnição: Gomo de limão
Releitura Cover Club Com Bombay Bramble - Gin Bombay Infusionado com Amora e Framboesa
