História do Gelo – Primeira parte
- Bartender Store
- 21 de maio de 2021
- História, Matérias
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História do gelo – Primeira Parte
O gelo é um ingrediente muito importante nos coquetéis, ele influencia a concentração, no sabor e claro na temperatura. Os grandes bares na atualidade se preocupam muito em ter gelo de qualidade na preparação de drinque e coquetéis. As esferas translucidas e os cubos grandes melhoram a qualidade do serviço e enriquece a apresentação dos coquetéis deixando-os mais belos e retardando sua diluição. Imagina um grande uísque sendo servido com gelo e comum, é quase impossível hoje em dia, mesmo que isso custe horas de preparo, a preparação é simples de certa forma, o que requer é cuidado durante o processo, embora seja demorado o resultado final é surpreendente. Mas você sabia que esse processo já existia no Irá há mais de 400a.C? Não? Então deixe eu te contar uma história.
Já ouviu a frase “na vida nada se cria, tudo se copia”? Pode ser sim em alguns e em alguns momentos, desde que feito de forma ética, não vejo problemas.
Mas não acredito que a frase esteja correta, na verdade ela foi tirada de uma outra frase, essa sim acho bem interessante: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Antoine Lavoisier, pois é ele foi original e responsável por grandes descobertas cientistas, e por isso foi do laboratório a guilhotina, e não foi beber lá no bar Guilhotina não, decapitado mesmo. “A França não precisa de cientistas”, proferiu a sentença Sr. Jean Baptiste Coffinhal decretando o destino de Lavoisier. Talvez por isso que muitas pessoas não gostem de ser originais, preferem copiar. Custa caro estudar e ser ético e ser original.
Mas voltamos ao gelo, então estamos copiando os iranianos, não porque está na natureza, então os elementos se transformam, fica tranquilo você não vai para a forca, mas pode ir no Guilhotina, o bar, claro. Não resisti ao trocadilho.
SAROOJ OU YAKHCHĀL
(persa: یخچال “fosso de gelo”; yakh significa “gelo” e chāl significa “fosso”) é um tipo antigo de casa de gelo que funciona como um refrigerador evaporativo.
O povo iraniano já dominava a técnica de armazenamento de gelo bem no meio do deserto, mesmo no verão. O gelo era trazido das montanhas durante o inverno das montanhas mais próximas em grandes quantidades e armazenado em “geladeiras”. Essas construções chamadas de Sarooj composta de argila, areia, pelo de cabra, cal, clara de ovo e feito com as proporções adequadas e resistentes a transferência de calor. Desta forma o material atua como um isolante térmico eficaz durante o ano inteiro. As paredes tem dois metros de espessuras no mínimo em sua base.
Caravanas de grandes reis que viajam pelo deserto costumavam tomar suas bebidas prediletas geladas em pleno deserto. Como Saladino toma água com gelo no deserto.
Grandes barras de gelo eram cortadas e transportadas até as casas de gelo e armazenadas como blocos sobre blocos, mantendo o ambiente super gelado retardando a diluição por um período longo de tempo. Esse processo era normalmente feito por veículos de tração animal principalmente puxado por cavalos é isso era comum em toda Europa, Rússia, Asia e nos Estados Unidos.
Mas a partir de 1806 o gelo já não era algo reservado apenas aos afortunados, Fredeirc Tudor o “rei do gelo” iniciou o comercio empregando 90.000 pessoas em Boston, na Noruega e na Rússia industrias semelhantes era criadas.
Continua; Segunda parte